Palavras
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<p><em>Palavras</em> é a revista da Associação de Professores de Português, cuja versão digital se publica agora.</p>Associação de Professores de Portuguêspt-PTPalavras2184-7320O ensino da oralidade
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<p>O ensino da oralidade constitui um dos grandes desafios que se colocam à disciplina de português no atual contexto. A importância fulcral das competências relacionadas com o saber ouvir e o saber falar é reconhecida pelo <em>Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatóri</em>a, documento que lhes atribui uma centralidade compatível com a relevância que assumem para o exercício completo da cidadania e para o desenvolvimento profissional e pessoal. </p>Carla Marques
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2023-12-292023-12-2960-611210.61248/palavras.vi60-61.166“Defendo todas as formas de oralidade para desenvolver a linguagem, e todas as formas de oralidade articuladas também no ensino da escrita”
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<p>A presente entrevista teve como objetivo primordial abordar questões consideradas nucleares para a definição de eixos de reflexão no âmbito da didática da oralidade. O entrevistado é Joaquim Dolz, eminente professor, investigador e pensador. Exerceu durante largos anos funções na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra, na Suíça, onde foi responsável pela formação de professores e por cadeiras da área da didática das línguas. É responsável pelo grupo GRAFE-FORENDIF (Recherche pour l’Analyse du Français Enseigné et Formation des Enseignants en Didactique du Français). Joaquim Dolz tem um conjunto muito vasto de publicações no âmbito da área da pedagogia e do ensino das línguas, em particular na oralidade. Da sua produção, destaca-se a obra seminal <em>Pour un </em><em>enseignement</em><em> de l’oral: initiation aux genres formels à l’école </em>(ESF éditeur), que contribuiu de forma indelével para uma nova perspetiva da didática do oral baseada em géneros textuais.</p>João Pedro AidoCarla Marques
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2023-12-292023-12-2960-6131410.61248/palavras.vi60-61.167O ensino da oralidade em sala de aula
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<p>A oralidade constituiu-se, durante largas décadas, como o parente pobre da Didática do Português (Lafontaine, 2000, p. 42). Foi de facto só nas últimas décadas que avanços mais significativos ocorreram, com a oralidade a assumir um papel de maior destaque nesta disciplina. Houve, por exemplo, quer uma progressiva valorização deste domínio por parte das instâncias educativas, e consubstanciada nos próprios documentos normativos ministeriais, quer um incremento do número de investigações e de publicações na área, à semelhança do que vinha já a acontecer em outros países. Entre as possíveis razões para este interesse crescente, apontam Dumas e Lafontaine (2011, p. 285) as seguintes quatro: <em>conhecimentos insuficientes de ensino e de avaliação da oralidade; falta de formações em didática da oralidade para professores e futuros professores; imprecisões nos programas de estudos; e carência de materiais didáticos e de ferramentas de avaliação</em>.</p>Luciana Graça
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2023-12-292023-12-2960-61153210.61248/palavras.vi60-61.159Afinal, o que é uma apresentação oral?
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<p>A <em>apresentação oral</em> é um género de texto que, pode convocar outros géneros textuais (por exemplo, a <em>síntese</em>, a <em>apreciação crítica</em> ou o <em>texto de opinião</em>…), e implicar a ativação de diferentes capacidades de linguagem (<em>narrar, argumentar, expor</em>…), no âmbito do “oral formal”. Depois de sintetizarmos as principais características da <em>apresentação oral</em> (a nível temático-estrutural, linguístico e extralinguístico), apresentamos uma proposta de modelo didático deste género, destinada ao 5.º ano de escolaridade e orientada para o desenvolvimento de três capacidades de linguagem distintas, no âmbito da disciplina de Português: <em>exposição</em>, <em>reconto</em> e <em>tomada de posição</em> (cf. <em>Aprendizagens Essenciais de Português – 5.º ano</em>).</p>Noémia JorgeInês Carreira
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2023-12-302023-12-3060-61334410.61248/palavras.vi60-61.168A comunicação não verbal na oralidade da prática docente
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<p class="Texto0">Os conteúdos curriculares atribuem um espaço cada vez maior à comunicação, recebendo esta já uma parte da avaliação em línguas, o que decorre da importância que ela adquiriu na sociedade atual, dentro das empresas, instituições e organizações, com destaque para as escolas e as famílias. Todavia, para realizar uma comunicação é indispensável o recurso a linguagens – verbal, não verbal, simbólica… – as quais diferenciam outras tantas comunicações. A partir desta realidade, importa perguntar: Que espaço recebe cada uma dessas linguagens nos programas escolares? Como se organiza neles o seu estudo? Que formação recebem os professores para a comunicação eficaz?</p>José Esteves Rei
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2023-12-302023-12-3060-61456610.61248/palavras.vi60-61.169Competência metafonológica na educação pré-escolar, básica e secundária
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<p>O artigo visa refletir sobre a promoção da competência metafonológica na educação pré-escolar, básica e secundária. Mais especificamente, partindo de uma revisão da literatura de reflexão teórica e de estudos empíricos, pretende-se identificar os conhecimentos já alcançados sobre esta competência e mostrar como concretizar o desafio de desenvolvê-la entre os alunos de diferentes níveis de escolaridade. Assim sendo, o artigo começará por explicitar os conceitos relativos à competência metafonológica (nomeadamente sensibilidade fonológica, consciência fonológica e conhecimento fonológico explícito) e continuará com a ilustração da importância desta competência na formação dos alunos e a explicitação de princípios que facilitarão o seu desenvolvimento nas diferentes etapas educativas. Antes das considerações finais, apresenta-se ainda um exemplo de sequência didática que é construída segundo os princípios previamente propostos e tem o objetivo de promover a competência metafonológica dos alunos.</p>Adelina Castelo
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2023-12-302023-12-3060-61678010.61248/palavras.vi60-61.170Oralidade no ensino de Português Língua Não Materna
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<p>Num mundo cada vez mais globalizado, a facilidade da mobilidade dos indivíduos preconiza mudanças nos panoramas educativos, às quais Portugal não é alheio. Com uma percentagem crescente de crianças e jovens estrangeiros no sistema de ensino nacional, a importância da disciplina de Português Língua Não Materna (PLNM) é incontornável e perentória para o sucesso académico desta população que, não raras vezes, enfrenta uma situação de vulnerabilidade acrescida.</p> <p>O foco deste artigo, realizado com base numa investigação documental, prende-se com uma leitura crítica aos documentos curriculares de referência no que diz respeito à competência comunicativa em PLNM. Reconhecendo que o sucesso escolar das crianças estrangeiras residentes em Portugal passa pela capacidade de compreenderem o que ouvem, de exporem o seu ponto de vista oralmente e de interagirem com o meio circundante, urge formar professores, repensar os beneficiários do ensino de PLNM e garantir a implementação de estratégias de diferenciação pedagógica como aposta incontornável nas aulas desta disciplina.</p>Ana Boléo
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2023-12-302023-12-3060-61819810.61248/palavras.vi60-61.171‘Português à Vista’
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<p>‘Português à Vista’ é uma plataforma digital de materiais didáticos audiovisuais para o ensino e aprendizagem do Português como Língua Não Materna que resulta de um projeto de investigação levado a cabo na Universidade de São José, em Macau, tendo como principais objetivos responder aos novos desafios impostos pelas formas digitais de representação do discurso e às dificuldades que os aprendentes dos vários níveis de proficiência linguística evidenciam na compreensão de textos orais. Neste artigo, daremos a conhecer os fundamentos teóricos que presidiram à criação dos materiais didáticos que, como se verá, dão grande relevo às atividades provenientes da abordagem metacognitiva (ainda praticamente ausente dos materiais didáticos existentes nesta área). Apresentaremos depois a plataforma, dando conta das suas funcionalidades, organização dos materiais e a estrutura das sequências didáticas. </p>João Paulo Pereira
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2023-12-302023-12-3060-619911210.61248/palavras.vi60-61.172Quem tem medo da oralidade? Ninguém
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<p>O presente artigo traduz uma reflexão sobre a(s) forma(s) como se pode promover o ensino/aprendizagem do oral com base no texto literário, numa perspetiva de aproximação ou complementaridade. É prática contemplar apenas, na sequência da leitura e análise de textos literários, o aprofundamento da competência da produção escrita. Neste artigo, consideramos que a oralidade e o texto literário, apesar das especificidades que os caracterizam e que parecem servir uma dicotomia insanável em contexto de sala de aula, podem ser trabalhados em enriquecedora interligação, daí resultando consolidação de conteúdos e maior capacidade de mobilização de conhecimentos entre domínios, o que favorece uma visão integrada da língua e um mais competente desempenho linguístico e comunicativo por parte dos alunos. Para validar esta posição didática, foram escolhidas duas obras de leitura obrigatória na disciplina de Português do 11.º ano: Sermão<em> de Santo António aos Peixes</em> e <em>Frei Luís de Sousa.</em></p>Elisabete Bárbara
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2023-12-302023-12-3060-6112312810.61248/palavras.vi60-61.173Dimensões da oralidade em documentos oficiais da educação no Brasil
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<p>Neste trabalho, buscamos analisar as dimensões da oralidade em documentos oficiais da educação brasileira voltados para o Ensino Fundamental (anos iniciais e finais). Apesar de as práticas de oralidade nem sempre serem privilegiadas na escola, reconhecemos avanços no trato com o oral nas escolas, como consequência de sua maior visibilidade em documentos curriculares e materiais didáticos. Como metodologia, selecionamos a pesquisa de caráter documental, buscando verificar de que modo os documentos abarcam o trato com o oral e que dimensões são privilegiadas em cinco documentos oficiais, um de cada região brasileira. Os dados mostram certa tendência para algumas dimensões (como produção oral) e pouca visibilidade para a escuta/compreensão e análise linguística. Isso mostra como ainda precisamos avançar em relação ao tratamento teórico-metodológico da oralidade com vistas a ampliar as reflexões que devem ser feitas no Ensino Fundamental indicadas nos currículos</p>Luzia BuenoDébora Amorim G. da Costa-MacielTânia Guedes MagalhãesLetícia Jovelina Storto
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2023-12-302023-12-3060-6112915210.61248/palavras.vi60-61.174Relações humanas e práticas de leitura – um testemunho
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<p>Ao longo da minha prática bidirecional, assente na liberdade, responsabilidade, criatividade e cooperação, pude observar a fértil alegria dos participantes quando expostos a um modelo de ação que os envolve e implica em todas as fases do processo, ao ponto de não precisarem de ser motivados e perderem a noção do tempo. Nestas condições, os exercícios viram jogos, a cooperação vira festa e os participantes redefinem a própria ideia que têm de si, dos outros e do próprio conceito de comunicação. E tudo num espírito de fraternidade que todos reconhecemos como sendo a nossa casa primordial.</p> <p>Espero aqui não só dar conta do equívoco instalado na educação como também deixar algumas regras de ouro que norteiam outra forma de interagir com seres humanos, num contexto de aprendizagem, concretamente na área da leitura. É o resultado de uma prática já longeva, mas é igualmente um testemunho em primeira mão, em nada académico, carregado de todos os defeitos e imperfeições que a sua condição acarreta, mas pleno de esperança, entusiasmo e dedicação.</p>Paulo Condessa
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2023-12-302023-12-3060-6115316210.61248/palavras.vi60-61.175Avaliar a oralidade:
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<p>Pede-me a APP uma reflexão sobre a avaliação da oralidade, e eu exulto e temo. Esclareço: como professora de língua estrangeira, é uma área, digamos, <em>close to my heart</em>, perdoem-me o anglicismo que levo entranhado. Na didática da língua estrangeira, e nos seus principais documentos enquadradores, a produção oral (<em>speaking</em>, <em>sprechen</em>, <em>hablar</em>, <em>l'expression orale</em>, só para nos centrarmos nas principais línguas estrangeiras do currículo português) é, só por si, uma competência objeto de aprendizagem dentro da competência comunicativa. Embora saibamos que, numa situação de interação não deixará nunca de haver a intervenção da compreensão do oral (<em>listening</em>, <em>hören</em>, <em>comprensión auditiva,</em> <em>la compréhension orale</em>), são, por direito, domínios independentes dentro das competências de comunicação. Não é assim na didática do português, como podemos perceber da leitura das <em>Aprendizagens essenciais</em> da disciplina, quando são estabelecidos os princípios básicos do que os alunos devem desenvolver no domínio da <strong><em>oralidade</em></strong> – entenda-se compreensão e expressão. No que a este breve e humilde texto diz respeito, falarei de oralidade no âmbito da expressão oral – não porque presuma de capacidade para ajuizar da fundamentação científica de um e de outro ponto de vista sobre o que constitui o domínio da oralidade, mas sim porque é a <strong>expressão</strong>, e não a compreensão, o objeto da minha reflexão.</p>Paula Simões
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2023-12-302023-12-3060-6116316610.61248/palavras.vi60-61.176Texto de opinião no 9.º ano
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<p>As <em>Aprendizagens Essenciais</em> (AE) em Português, articuladas com as Áreas de competências do <em>Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória</em> (PASEO) referem que, ao longo do 3.º ciclo, a aula de Português está orientada para o desenvolvimento da escrita de natureza argumentativa. Assim, no quadro do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) e seguindo princípios e práticas de ensino da escrita advogados neste âmbito, levamos a cabo um trabalho de Investigação-Ação (I-A) procurando testar um modo de trabalho didático que se coaduna com o perfil traçado.</p>Lúcia LemosRosa Lídia CoimbraInês Cardoso
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2023-12-302023-12-3060-6116718410.61248/palavras.vi60-61.177A quantidade de sonhos que temos – os quantificadores
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<p>A sequência didática apresentada tem como foco principal o ensino-aprendizagem de um conteúdo gramatical: a classe de palavras – <em>quantificador</em>, numa perspetiva que promove o “desenvolvimento da consciência linguística e um conhecimento explícito da estrutura, das regras e dos usos da língua portuguesa” (Ministério da Educação, 2018:2). Neste sentido, a proposta didática apresenta a introdução deste conteúdo gramatical de modo contextualizado e integrado numa sequência de tarefas que desenvolve competências nos diversos domínios do estudo de Português descritos nas <em>Aprendizagens Essenciais</em> (2018): gramática, oralidade, leitura, escrita e educação literária; assim como competências apresentadas no <em>Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória </em>(2017), nomeadamente, linguagens e textos, informação e comunicação, pensamento crítico e pensamento criativo e relacionamento interpessoal.</p>Cláudia PereiraJoana Bebiano Mendonça
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2023-12-302023-12-3060-6118520410.61248/palavras.vi60-61.178Percurso(s) para a transformação digital
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<p>A necessidade de integrar as tecnologias de informação e de comunicação no ensino tornou-se particularmente evidente durante o período de pandemia, durante o qual o ensino presencial teve de dar lugar ao ensino a distância. Mesmo após o (tímido) regresso ao ensino presencial, muitos alunos mantiveram um ensino a distância por razões de quarentena dos próprios ou dos professores. No período pós-pandemia, foram várias as vozes que afirmaram que a escola tinha mudado, que nada iria ser como dantes, até porque o tempo em que vivemos – e, principalmente, o tempo que os alunos atuais viverão – será cada vez mais virtual e exigente em termos de competências de literacia digital. No entanto, o que se constata é que, na realidade, a oportunidade de mudança parece estar a ser desperdiçada e, com o regresso definitivo ao ensino presencial, as TIC voltaram a ser relegadas para um plano completamente secundário na maioria das nossas escolas, com especial relevância no 1.º ciclo do Ensino Básico.</p>Fernanda Leopoldina VianaIolanda RibeiroIrene CadimeJosé António Costa
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2023-12-312023-12-3160-6120521610.61248/palavras.vi60-61.179O rosto destas palavras
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<p>Sobre Paula Rego</p>João Pedro Aido
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