A oficina de escrita como estratégia para a promoção da autonomia dos alunos
Resumo
A Escola é a instituição que assegura a formação de cidadãos ativos, críticos e autónomos (Portugal, Ministério da Educação, 2018), por isso cumpre-lhe o dever de ensinar os conhecimentos e procedimentos necessários à vida futura. Destes faz parte a escrita, enquanto atividade necessária à vida social e profissional na atualidade (Barbeiro e Pereira, 2007, p. 5). O ensino da escrita em Portugal inicia-se com a alfabetização, no 1.º ciclo de escolaridade, e prossegue até ao final da escolaridade obrigatória, orientando-se para o domínio de variadas tipologias textuais, permitindo aos alunos a escrita autónoma. Este projeto de investigação, realizado no âmbito do estágio pedagógico, tem como principal objetivo promover a autonomia dos alunos do Ensino Secundário na escrita. Com o intuito de alcançar este objetivo, desenvolveram-se dois ciclos de intervenção, orientados para o trabalho explícito da escrita nas suas diferentes fases: planificação, escrita e revisão (Flower e Hayes, 1980, pp. 12-13). As oficinas de escrita (Calkins, 1989, Cassany, 1990, Vilas-Boas, 2001), complementadas por estratégias de apoio, foram a metodologia testada neste projeto. Os resultados desta investigação, recolhidos da análise documental dos textos dos alunos, de um diário de investigação e dos questionários aplicados, demonstraram a eficácia das oficinas de escrita na consciencialização da complexidade da escrita e na promoção da autonomia dos alunos na escrita.
Excertos de artigos podem ser transcritos no contexto das normas do trabalho intelectual, com a referência bilbiográfica exata ao texto de origem.