Relações humanas e práticas de leitura – um testemunho
Resumo
Ao longo da minha prática bidirecional, assente na liberdade, responsabilidade, criatividade e cooperação, pude observar a fértil alegria dos participantes quando expostos a um modelo de ação que os envolve e implica em todas as fases do processo, ao ponto de não precisarem de ser motivados e perderem a noção do tempo. Nestas condições, os exercícios viram jogos, a cooperação vira festa e os participantes redefinem a própria ideia que têm de si, dos outros e do próprio conceito de comunicação. E tudo num espírito de fraternidade que todos reconhecemos como sendo a nossa casa primordial.
Espero aqui não só dar conta do equívoco instalado na educação como também deixar algumas regras de ouro que norteiam outra forma de interagir com seres humanos, num contexto de aprendizagem, concretamente na área da leitura. É o resultado de uma prática já longeva, mas é igualmente um testemunho em primeira mão, em nada académico, carregado de todos os defeitos e imperfeições que a sua condição acarreta, mas pleno de esperança, entusiasmo e dedicação.