Lou como luar (num lugar à janela)

  • João Pedro Aido Associação de Professores de Português

Resumo

Sobre o papel dos mestres – nesses e noutros processos da criação e da inovação – nos falava Maria Helena da Rocha Pereira, em 2006 (“Leiam os grandes autores portugueses, é com eles que nós aprendemos a escrever”, entrevista publicada no n.º 36, outono de 2009, da revista Palavras): “O maior prazer de um professor é ter alunos que o acompanhem no seu entusiasmo, no seu gosto pelo estudo, e eu tive essa sorte.” Desse entusiasmo e desse prazer nos falam, na entrevista deste número, os professores José Pinto Lopes e Helena Santos Silva, que defendem que ‘devemos celebrar e tornar visível o esforço dos alunos’. Dar voz aos alunos, num processo ativo e interativo que resulta em mudanças significativas e permanentes nos conhecimentos, competências, atitudes, crenças. Mudar, mostrando que o aluno é capaz, mostrando aquilo de que ele é capaz. E mostrando que é possível fazer uma avaliação formativa acessível, pouco trabalhosa – isso é um mestre.
Outros mestres mostram-nos como lidar com a mudança, a diversidade e a incerteza, num mundo em que o tempo não está suspenso: Joana Batalha, Maria Lobo, Antónia Estrela e Bruna Bragança mostram como os resultados obtidos através de um instrumento de diagnóstico criado no âmbito de um projeto (destinado a avaliar, em contexto escolar, competências nos domínios da consciência linguística, da literacia emergente e da leitura e da escrita) permitem identificar áreas de intervenção prioritária na aprendizagem da leitura e da escrita que podem informar a intervenção em sala de aula.

Publicado
2023-01-09
Seção
Editorial